CAMINHO DE SANTIAGO A PÉ EM 13 DIAS!
13 - Dia 9 do Caminho - Palas del Rei - Melide
Acordei por volta de 9:30 hs com
alguém batendo forte e gritando a porta. Era uma das empregadas do Albergue, dizendo
que todo mundo já havia ido embora e só faltava eu sair para ela poder arrumar o quarto para o próximo hóspede. Iniciamos uma discussão mas logo percebi que
era inútil argumentar que aquele quarto era individual e
eu poderia ficar até 12:00 hs. Conversei com a superiora que defendeu a
empregada e disse que eu já deveria estar no Caminho. O Albergue era bom, mas os funcionários nem tanto.
Buenas... desci para
tomar o desayuno no local mais próximo – não tinha no albergue – fui até
a Igreja de São Tirso onde assisti a missa e coloquei o carimbo no passaporte
de peregrino; voltei ao hotel onde a situação estava mais calma, peguei minha
mochila e retomei o Caminho deixando as chaves no balcão da recepção.
Após andar alguns minutos me dei conta que não estava com meus aparelhos de audição. Revirei mochila, bolsos e nada. Para mim os aparelhos fazem tanta falta quanto um óculos para o míope. Voltei ao Albergue São Marcos, a minha chave ainda estava sob o balcão da recepção, subi no quarto e encontro os dois aparelhos caídos embaixo da cama. UFA!!! Que alívio. Recomecei a caminhada.
Após andar alguns minutos me dei conta que não estava com meus aparelhos de audição. Revirei mochila, bolsos e nada. Para mim os aparelhos fazem tanta falta quanto um óculos para o míope. Voltei ao Albergue São Marcos, a minha chave ainda estava sob o balcão da recepção, subi no quarto e encontro os dois aparelhos caídos embaixo da cama. UFA!!! Que alívio. Recomecei a caminhada.
Mojone 64,795 km |
Cada povoado reservava sempre uma surpresa quer pelas igrejas milenares, quer pelos sítios e pomares ao redor da cidade, pelos animais sendo criados, galinhas, carneiros, cabritas, vacas , cavalos que me deixavam fascinados pelo gosto que tenho pelo campo. Acho que está no DNA; os antepassados da família eram agricultores e quando vieram da Espanha para o Brasil em 1910, foi para trabalhar em lavouras de café na região de Jaú. Meus pais continuaram na lavoura até por volta de 1948 quando vieram tentar a sorte em São Paulo, mas isso já é outra história. O fato é que tomei gosto pelo campo e nos últimos 26 anos a Fazenda Palmares na região de Botucatu tem sido parte da minha Vida e da minha família.
Pequenos povoados |
Acabei indo parar em Melide a
19,05 km de Palais del Rei, depois de passar por San Xulian, Casanova, Cozo,
Leboreiro, entre outros pequenos povoados. Em Melide, encontrei um bom hotel, o XENEIRO (35E) – onde deixei minhas coisas e fui andar pela cidade.
Melide tinha bons restaurantes, frutarias, comercio, farmácias, uma cidade
movimentada com bom tráfego e muita gente. Encontrei um excelente local para
almoçar – Cerveceria Chaplin - e colocar as comunicações em dia via o wi-fi do
restaurante.
Após longa caminhada voltei ao
hotel que tinha uma boa lavanderia e fui dar um trato nas roupas. Estava
aprendendo, mas era chato ficar mais de uma hora olhando as máquinas de
lavar e secar. Como havia parado de andar, os pés voltaram a incomodar. A
situação estava ficando complicada. Procurei novo posto de atendimento na
cidade e mudamos o remédio. Adotamos também uns protetores tipo cinta que
ajudaram a aliviar o atrito com o tênis.
Mélide eh a terra do "Pulpo"(polvo).
ResponderExcluirNão esqueço nunca do prato de "Pulpo a galega" com uma botelha de bino Marquês de Cárceres.
Uma delícia !!!